=)

Passado, a porta esta fechada para ti, no momento estou aberta somente para o presente e ao futuro. Se vc foi importante, fica na memória para um momento de nostaalgia, se não fui, desculpa, já te esqueci..... Sugiro o mesmo!!!

E o tempo vai passando...

E eu vou aprendendo a não criar muitas espectativas...
e agradecer a Deus pelo que tem me dado...

Que eu continue tendo força para lutar e acreditar.
Amém.

Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente feliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional.

Tchau Carnaval...

Bem vindo 2011...

Parabéns para mim!!!

Então eu sei lá. As lindas das minhas amigas queriam saber o que eu ia fazer pra comemorar, meu irmão ligou pra dizer que a gente ia sair pra jantar, minha mãe disse que nada de ficar em casa pq a gente precisava fazer alguma coisa. E é estranho porque já é dia 01 de março, oficialmente já completei mais um ano, mas ainda sinto tudo como um dia normal. Porque sim eu acho que o dia do aniversário é especial, ou ao menos deveria ser... mas sei lá. É que eu ainda não sinto.
Mais um ano se passou e eu venci tanta coisa. Minha depressão foi embora, consegui retomar minha vida... Definitivamente, eu não sou mais uma menina. E é estranho não ser mais uma menina. É estranho carregar nas costas todo o peso e toda a responsabilidade de toda e qualquer coisa que fizer... em mim.

E eu fiz 27... E já vivi tanta coisa na minha vida que quando lembro me emociono e me identifico como se fosse com um personagem desses de filme de cinema que a gente observa de longe... Algumas coisas eu lembro e admiro... como se aquela mulher lá de trás tivesse tido uma força que hoje muitas vezes nem vejo em mim. E quando eu tenho vontade de começar a ficar triste por qualquer coisa boba, eu meio que penso... "mas não foi você que viveu sozinha e superou aquilo tudo lá atrás?"

É como se aquela mulher me roubasse o direito de ser fraca. Lembro dos anos que passaram, da vida de estudante, dos esforços pra estudar e trabalhar mesmo tão longe, da minha gravidez conturbada, da minha atitude como mãe,da decisão de terminar o casamento, das brigas compradas pelos direitos das pessoas, e pelos meus... das redescobertas, das experiências, dos temperamentos, do rock, do receio... das madrugadas com cheiro de viagem, das gargalhadas, das discussões de Foucault, Paulo Freire, desconstrução, educação e gênero.... do tesão, do sufoco aos 26, da decisão. Das brigas em nomes de tantos, da decepção, da dor, do renascimento... dos medos de relacionamentos... do início do estabelecimento de padrões de defesa e proteção... da explosão. Da loucura.

Se eu pudesse fazer tudo diferente, eu não tenho dúvidas... faria tudo igual. Essa mulher que eu sou hoje é a soma de todas as decisões que eu já tomei na vida, as boas e as ruins, e essa mulher eu super aprendi a admirar. E hoje essa narradora que escreve vem dizer exatamente... é isso aí, Deborah. Você tem se saído bem... Perfeição não existe mesmo e dizer isso com tanta clareza é o meu presente de aniversário pra você. Que nos outros 364 dias do ano, você consiga se perdoar por cada bobagem, cada desvairio, cada falha. Que consiga aceitar que ser muitas vezes um ser limitado e precário, não rouba de você a capacidade de ser um ser humano decente e incrível. (Vê se entende...)

É isso... vê se entende.

Porque às vezes eu tenho certeza que quase nunca entendo. E me cobro coisas que... me ocultam mesmo é de mim. Porque outro dia eu me dei de presente um coração de pelúcia que me olha lindo ali da outra estante... e me lembra que fragilidade também pode ser força... suave... assim.

Um novo ano repleto de felizes (des)aniversário(s) pra mim, pra você, pra todo mundo....