quinta-feira, 19 de abril de 2012


E essa sensação é horrível e eu não quero mais sentir ela.
Decidi que não vou mais sentir.
Aos poucos as coisas vão deixando de existir e se tornando só lembranças...





É sim.



quarta-feira, 18 de abril de 2012


E o sonho foi tão bom... tão lindo... mas quando acordei foi triste saber que foi apenas um sonho.

E quando você ligou, com a voz toda educada, foi como se o sonho fosse um aviso... um presságio...

Porque as coisas são assim ??? Porque a vida não pode ser mais simples ???? Porque não pode ser pra sempre ???

segunda-feira, 16 de abril de 2012


SAUDADE DOI

Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua,
dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.

Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ou quando alguém ou algo não deixa que esse amor siga,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua com aquele corte de cabelo terrível.
Não saber se ela ainda usa aquela blusa.
Não saber se ele foi na consulta com o dentista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania
de estar sempre ocupada;
se ele tem assistido o BBB,
se aprendeu a entrar na Internet
e encontrar a página do Diário Oficial;
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros;
se ele continua preferindo King Burguer;
se ela continua preferindo batata;
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
se ela continua sonhando;
se ele continua cantando tão mal;
se ela continua detestando o MC Donald's;
se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.

Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer;

Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...

terça-feira, 10 de abril de 2012


Eu acho, que o que é verdadeiro não te abandona nas crises. Te suporta nos dias difíceis, enxuga suas lágrimas, te oferece um apoio sincero.
Amor que é amor de verdade dura a vida inteira. Este amor resiste a distância, ao silêncio da separação, as palavras que não deveriam ser ditas, a atitudes impensadas.
"Diga-me quem mais perdoou e eu te direi quem mais amou".
Hoje eu gostaria de saber o que foi de verdade. Realmente eu gostaria de saber o que foi de verdade.

Um dia me disseram que amar é difícil. Eu não acho. Acho que amar é fácil.. difícil é esquecer.
Esquecer o sorriso, a voz... a mania terrível que ele tinha de deixar as coisas espalhadas... a maneira irritante de dirigir o meu carro. Difícil conseguir entrar nos lugares que sempre íamos, difícil ir na lanchonete da ' coxinha ' perfeita que ele tanto gostava. Difícil abrir a gaveta e encontrar um peça de roupa que ele deixou pra trás... difícil entender que você não vai mais brigar por ele atrasar cinco minutos, ou implicar com o corte de cabelo perfeito... difícil sonhar com tudo isso e acordar sem ele do seu lado. Difícil colocar um ponto final onde houve tantas vírgulas. Difícil saber que o seu castelo era de areia... e que nem todo o calor do seu sentimento, serviu para derreter o iceberg de orgulho.


segunda-feira, 2 de abril de 2012


Eu (não) sei bem o que fazer com isso que eu (não) sinto.
Até aí nenhuma novidade sobre isso. Eu esperava que você sentisse minha falta, sabe? E que viesse correndo brigar comigo por qualquer motivo que fosse.

Você não veio.
Você nunca veio.

E eu tentei responsabilizar o universo, ou os sistemas de satélite, trens, navegação, mas... os primeiros, os segundos, os terceiros passos sempre foram meus, e...
Quando a gente se importa a gente insiste, certo? Pelo menos UMA vez?

Você nunca insistiu e deixou que tudo corresse como se... (eu nunca tivesse sido realmente importante.) (E eu nunca quis ser amada apenas por palavras... mas também nunca quis ser devorada por suas pontiagudas omissões.)

Porque quando a gente é menina e aprende a torcer pela personagem da novela, espera que quando for maior, as outras meninas farão o mesmo por nós... Que também seremos recompensadas com o amor verdadeiro, aquele que supera tudo, e luta, e perdoa os erros, e...

Eu não quero nunca ser irritante e sem noção como o cara que insiste pela sexagésima terceira vez em tentar aproximação, apesar de eu já ter dito das formas mais abruptas que ele me incomoda e não tem qualquer chance comigo.
Interesse é uma coisa; perseguição é outra. Me apavora pensar que eu esteja para você assim como "o cara sem noção" está para mim, e..

No meio do caminho havia um coração de pedra...
(E, surpreendentemente, não era o meu.

Vontade nula de continuar este texto.
Vontade nula de continuar com você.

Eu (não) sei bem o que fazer com isso que eu (não) sinto.

Então desisto.
Eu (não) sei bem o que fazer com isso que eu (não) sinto.
Repito como um mantra ou ladainha.
Eu preciso aceitar que você não está mais aqui e há muito tempo. Mas eu também não sei dizer se eu estou. Não sei se o que incomoda é o fato de você (não) se importar ou de eu (não) me importar. Porque prosseguir sozinha é tão difícil, e...

Eu (não)sei bem
o que fazer com isso que eu (não) sinto.

Eu (não) sei bem o que fazer com isso que eu (não) sinto.

Repito como um mantra ou ladainha. Como se magicamente fosse me transportar para algum nível alternativo e encantado de respostas...

Mas não vai.