domingo, 12 de dezembro de 2010


Hoje é um daqueles dias que bate a tristeza sem razão... Engasgada, com vontade de chorar... e pensando no passado, no presente e no futuro.
Queria escrever um texto que pudesse gritar para todo mundo o que estou sentindo... quis explodir de choro, mas olhei para o espelho para identificar o melhor ângulo. Lembrei do conselho antigo que falava que a dor, se verdadeira, nunca era egocêntrica... Sorri.
E por que no fim desta noite estranha eu ainda procuro pela menina antiga que um dia já fui. A garota sonhadora e cheia de esperanças que um dia já fui. Sinto um misto de arrependimento e medo. Medo da indefinição de não saber do que será amanhã. Medo de não gostar do que me espera, porque a estrada ás vezes é confusa, e escura, e solitária e triste...
Quero esbanjar felicidade, mas não consigo.
Às vezes as palavras não conseguem definir o que a gente sente. Às vezes a gente não sabe que diabos é isso que a gente sente. E ou inventa, ou confunde, ou sei lá...
Acho que eu queria que alguém me salvasse, mas ninguém pode. Estou presa dentro de coisas que nem sei se existem, mas que sufocam de um jeito... e eu deveria enxergar perspectiva e leveza, mas nessa madrugada eu só sinto vazio. Queria ser otimista, mas não sei se acredito.
(Na felicidade ou em mim). Talvez seja devaneio. Acho que é devaneio.
Então, fecho os olhos e esqueço...

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