terça-feira, 20 de outubro de 2009

A ERA DOS RELACIONAMENTOS DESCARTÁVEIS


Uma marca cruel dos tempos em que vivemos é a superficialidade dos relacionamentos. As pessoas se tornam, forçosamente, ilustres desconhecidas, já que as relações sociais são restringidas ao mínimo necessário para a sobrevivência. Além disso, quanto menos envolvimento emocional ou afetivo com o outro, melhor. Para não haver compromissos. Para não haver carências. Para não sofrer rupturas...
Esta abordagem que mostra a vivência superficial dos relacionamentos revela que tal comportamento atingiu também a família. Casamento passou a ser não mais aquele compromisso "até que a morte separe", mas "até que surja uma nova opção". Com isso, a família saiu prejudicada e o futuro passou a correr o risco de tornar-se mais sensaboroso para aqueles que de alguma forma continuam acreditando na família e têm que lutar contra os novos conceitos, novos valores e novas formas de "ser família" dos tempos modernos.
Esta sociedade que cultua o individualismo é uma sociedade extremamente voltada para o prazer. Um lema de uma grande Loja de Departamentos que faliu (talvez tenha sido por isso) era: "Sua satisfação garantida ou seu dinheiro de volta!" Isto retratava bem claramente a ambição humana de encontrar satisfação, ter lucros, se dar bem. Também é isso que as pessoas querem obter em seus relacionamentos: Satisfação! Numa visão egoísta da vida, para dentro de si mesma, esquecendo-se que relacionamento é uma via de mão dupla: à medida em que eu procuro satisfazer meu parceiro/a, eu sou satisfeito.
A busca irrefreada e irrefletida do prazer tem absorvido em grande escala o que o ser humano tem de melhor: Criatividade, saúde, espontaneidade, laços familiares, espiritualidade. E o ser humano não tem se dado conta disto.
O que eu quero dizer com isso tudo? Que infelizmente não dá mais pra acreditar em ninguém...
Que quando uma pessoa se aproxima da gente... ficamos nos perguntando “O que ela pretende fazer comigo?”, “O que ela quer comigo”e vemos segundas intenções em tudo... sempre com o pé atrás... investigando cada sinal... se falou baixo demais no telefone, ou então, pq não atendeu o telefone... se levou flores é pq fez algo errado... se não levou, pq não gosta mais... se chegou tarde, ou cedo, se sorriu ou se não sorriu... affssssssssssssssss...
Por quê??????????? Por que talvez cansamos de tudo... de esperar o telefonema do dia seguinte... desaparecimentos sem motivos aparentes (e voltou do nada como se nada tivesse acontecido...)... de passarmos de amigas, para amantes, supostas namoradas, depois amantes, depois amigas, depois mais nada...
Ou então estamos no ritmo da famosa música “meu bem não era pra você se apaixonar, era só pra gente ficar... “... : S
E até quando iremos ficar cantarolando o refrão: “Chora me liga, me implora meu beijo de novo, me pede socorro, quem eu vou te salvar...”.
É isso... estamos tão acostumados a ficar implorando, ficar na expectativa se vamos nos ver de novo, que quando isso acontece, não sabemos o que fazer.

O que fazer??????????
Não sei... sugestões sempre são bem vindas...
Uma semana fantástica para todos nós!!!!!!!!!!!!!!

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