quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O que será que as pessoas pensam de mim?





Às vezes, quando estou andando pelas ruas, me pego pensando no que as pessoas ao meu redor estão pensando de mim. É estranho, eu sei. Mas eu fico imaginando essas coisas. Eu queria poder entrar na mente das pessoas e vasculhar os seus pensamentos enquanto elas me olham.
É interessante notar o quanto somos influenciados pelo que as pessoas pensam a nosso respeito. Existe gente que faz suas escolhas, influenciados pela opinião de outras pessoas. Elas sempre têm aquele “conselheiro de plantão”. “Será que faço isso?”
Sutil engano!
Negamos nossa própria essência a fim de satisfazer o desejo das pessoas. No final, somos só nos mesmos diante daquele espelho nos perguntando aonde fomos parar.
Somos muito mais do que aquilo que as pessoas pensam a nosso respeito. Se você tivesse conta disso, poderia ir muito mais longe, mas no final, e só você contra você mesmo. Seguimos outros caminhos porque temos medo de nos encarar de frente. Eu confesso, às vezes me pego fugindo de algo, e no final, estou fugindo de mim mesmo. É decepcionante! É vergonhoso!
O que será que há por trás de todos esses pensamentos?
Então volto do meu devaneio. Eu ainda estou no meio da rua imaginando o que aquela senhora de cabelos grisalhos que me olha estará pensando. No final, descubro que na verdade ela estava tentando ver a placa da loja que estava atrás de mim. Que coisa! Descubro que todos aquelas suposições que eu fiz, na verdade não passavam de variações do que o que eu penso sobre eu mesmo.
Meu Deus! Quanta confusão!
É melhor deixar isso pra lá! São só devaneios da minha cabeça. Se você nunca passou por isso, desconsidere tudo o que eu lhe disse. Eu devo ser louca mesmo.
Mas lembre-se: entre a loucura e a lucidez, o que nos separa é uma linha tênue.
Podemos estar mais pertos da loucura do que imaginamos.
Estar lúcido pode ser um engano.
Pode não passar de uma bela suposição do que somos realmente.
“ ‘Fui eu que o fiz’, diz minha memória. ‘Não posso ter feito isso’, diz meu orgulho e mantém-se irredutível. No final, é a memória que cede.” (Nietzsche)


PS: E às vezes é melhor não saber o que as pessoas pensam da gente...

Nenhum comentário: